segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Maria Rita é Artista do mês! da MPB Brasil

MPB Brasil



O talento veio de berço, mas o espaço, a respeitabilidade e a consagração no cenário musical foram buscados por ela mesma. Nascida numa família que mais parece uma constelação de astros e estrelas da maior grandeza, Maria Rita é filha do instrumentista César Camargo Mariano e da cantora Elis Regina, tendo como irmãos o cantor Pedro Mariano e os músicos João Marcelo Bôscoli e Marcelo Mariano.



O gosto pela arte veio cedo, mas a decisão de fazer disso a sua vida, só foi tomada aos 24 anos, quando começou a cantar profissionalmente. Antes, formou-se em comunicação social e estudos latino-americanos nos EUA, e agora, com 34, acredita que tudo aconteceu na hora certa. Se há ainda quem duvide, é só olhar os resultados alcançados pela nova diva da MPB: ainda não tinha nem gravado um disco e já vencia o Prêmio APCA de 2002, como Revelação do ano. Gravou participação no disco "Pietá", de Milton Nascimento, com quem atuou na turnê do show homônimo. Depois, logo no seu primeiro CD de carreira, intitulado “Maria Rita” e lançado em 2003, vendeu mais de 1 milhão de cópias em todo o mundo. O primeiro DVD, de mesmo nome, foi para as lojas em novembro daquele ano, vendendo 180 mil. Ambos foram lançados em mais de 30 países, incluindo Alemanha, Argentina, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Dinamarca, Equador, Finlândia, França, Inglaterra, Itália, Japão, República Tcheca, México, Holanda, Noruega, Portugal, Suécia, Suíça, Taiwan e Venezuela.



Chegava 2004 e como não poderia deixar de ser, além do sucesso de público, vinha também o reconhecimento da crítica, fazendo com que ela colecionasse premiações importantíssimas: Grammy Latino nas categorias Revelação do Ano, Melhor Álbum de MPB e Melhor Canção (“A festa”); Prêmio Faz a Diferença (jornal “O Globo”); o troféu de Melhor Cantora do Prêmio Multishow, e os de Revelação e Voto Popular do Prêmio Tim. Ainda do primeiro CD, viu estouradas, em todo o país, as faixas: “A festa”, “Cara valente”, “Encontros e despedidas” (tema de abertura na novela “Senhora do Destino”, no horário nobre da TV Globo) e “Menininha do portão”.


No ano seguinte, saiu “Segundo”, álbum que contou com a produção luxuosa de Lenine. Nesta época, inovando no mercado brasileiro de discos, realizou a pré-venda do CD em lojas online, e com tantos downloads, houve congestionamento na rede. Este era apenas mais um sintoma de que a febre “Maria Rita” acometia a todos... E não era para menos. O novo trabalho lhe rendeu uma extensa turnê no Brasil, participações especiais em diversos CDs, shows nacionais (Arlindo Cruz, O Rappa, Os Paralamas do Sucesso, Gilberto Gil e Mart’nália) e internacionais (Jamie Cullum, Mercedes Sosa e Jorge Drexler). A aclamação mundial de “Segundo” abocanhou mais dois Grammys Latinos — Melhor Álbum de MPB e Melhor Canção Brasileira (“Caminho das Águas”) — e gerou mais de 50 apresentações no exterior, no Montreux Jazz Festival, North Sea Jazz Festival, Irving Plaza (NY), San Francisco Jazz Festival, dentre outros.



Em 2007, saiu o seu terceiro CD, “Samba Meu”, produzido por Leandro Sapucahy e co-produzido pela própria cantora, tornando-se esta a sua mais longa e importante turnê. Com uma mudança no estilo, o disco teve lançamento simultâneo nos Estados Unidos, América Latina, México, Portugal, Israel e Reino Unido. O álbum virou Disco de Platina e ganhou como “melhor CD” no 15º Prêmio Multishow de Música Brasileira. Logo depois, Maria Rita gravou o DVD ao vivo, no Rio de Janeiro, trazendo a íntegra do show e, nos extras, os clipes de “Num corpo só″ e “Não deixe o samba morrer”, além de um slideshow de fotos e o making of da gravação. E, colhendo os louros de mais uma empreitada de retumbante sucesso, veio o sexto Grammy Latino, como “Melhor Álbum de Samba”. Na sequência, ganhou o DVD de Ouro pelas mais de 40 mil cópias vendidas desde o seu lançamento.



Mesmo com a estrondosa repercussão de "Samba Meu", lá se iam dois anos e meio de muita estrada com o mesmo trabalho, sendo inevitável a “aposentadoria” dele e a necessidade de seguir adiante... Precisando de uma oportunidade para se desligar deste “filho” tão amado, ela aceitou a possibilidade de uma mini temporada na Europa, em 2010. E junto com esse “sim”, veio a decisão pela liberdade, a mesma a que se permitiu no início da carreira, quando montou um repertório para piano, baixo, bateria e voz. Maria Rita escolheu canções que há muito não cantava, algumas que vivia cantarolando pela casa, e outras inéditas, que vinham de encomendas de amigos. Ensaiou com os músicos que a conhecem musicalmente como ninguém (Tiago Costa, Sylvinho Mazzucca e Cuca Teixeira) e apostou, ainda que de forma despretensiosa, num show sem cenário e sem projeto por trás. De lá, vieram apresentações em São Paulo, além de umas aqui e ali pelo país que, somadas, dão um ano e meio. E foi desta falta de expectativa, seguida da confiança do público, que lotava os espetáculos e pedia sempre mais, que saiu o disco "Elo". Segundo a cantora, ele veio não só para atender aos pedidos carinhosos de fãs que queriam um registro desse show, como principalmente, para agradecer a eles, que fizeram, de uma turnê sem nome, uma aventura musical para todos os envolvidos. E o resultado você pode conferir comprando o CD ou ficando ligadinho aqui, na MPB FM, para ser surpreendido, ao longo da programação, com o melhor de Maria Rita!!



No conjunto da obra, destaque para "A festa", "Cara valente", “Tá perdoado”, "Num corpo só", "Corpitcho", e “Encontros e despedidas”; sem falar, claro, em “Caminho das águas”, “Minha alma”, “Conta outra”, e “Coração em desalinho”, que ela imortalizou. Tudo isso e muito mais, só aqui, nos 90,3, que vai homenagear, durante todo o mês de dezembro, esse grande talento da nossa música!!




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