sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Entrevista: Maria Rita

Blog fnac



Maria Rita lança Elo


Filha da cantora Elis Regina e do pianista César Camargo Mariano, Maria Rita iniciou sua carreira profissional aos 24 anos. Ganhou importantes prêmios, entre eles APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), Grammy Latino e Multishow. A cantora lança agora o seu novo álbum Elo e conta nessa entrevista os desafios, expectativas e felicidades que acompanham esse novo projeto.

Blog Fnac: Você é filha de dois ícones da música brasileira. Leva essa “herança” em cada trabalho?
Maria Rita: Levo essa herança até na maneira de fazer macarrão de domingo! Rss… Mas não é uma coisa na qual eu pense no meu dia a dia ou quando vou projetar um novo disco, um novo show. A herança está lá no código genético e se manifesta das mais variadas maneiras.

BF: Como a vida pessoal influencia na escolha das músicas?
MR: Rsss…. Boníssima pergunta. Digamos que os tapas na cara que eu nunca dei por ser uma mulher educada, dou enquanto estou no palco. Mas eu também declaro os amores que nunca tive, a materidade aflorada, a bronca social…

BF: Qual sonho ainda quer realizar em sua carreira?
MR: São tantos… Ter meu próprio equipamento de som na estrada; aprender a tocar um instrumento; poder contar com uma malha aérea mais decente para que não fiquemos todos no grau de exaustão que ficamos ao término do final de semana; uns projetos especiais em que penso vez ou outra; produzir outros artistas; dirigir shows… Enfim…


Maria Rita fará ano que vem homenagem a sua mãe, Elis Regina


BF: A tecnologia trouxe diversas facilidades para divulgar o trabalho dos músicos. Algumas pessoas ficam famosas primeiro na internet para depois chegar às rádios. Como você vê o mercado musical?
MR: Em constante mudança – e acho isso sensacional. A arte vai além dos tempos, a cultura se molda com avanços tecnológicos, sempre foi assim. O que não pode é a mentalidade medrosa, atrasada e preguiçosa de alguns impedir que a Música evolua junto com a sociedade – aí fica ruim pra todo mundo.

BF: Qual a sua relação com os fãs nas redes sociais?
MR: Meu twitter é super ativo, apesar de muitas vezes ficar dias e dias sem entrar por causa de compromissos – e entrar pra dizer que não vou entrar me aborrece um pouco, acho tolo. Mas sempre que tenho um tempinho, entro, fico de papo com os fãs, comentando programas de TV ou a rodada do futebol do dia, respondendo a perguntas, tomando broncas aqui e ali… rs… Meu lance fica no twitter. Facebook e afins eu não dou conta não…

BF: Como está a nova turnê de shows? Passará por quais cidades?
MR: Esta turnê, assim como o disco, é atípica. Já estou com ela, rodando Brasil e fora, há um ano e meio. Sendo o disco o encerramento desse ciclo, com o registro das canções inéditas desse “show sem nome”, por causa do pedido dos fãs, esses shows, desde setembro, também são de encerramento. Fico até dezembro.


@MROFICIAL, sempre muito atuante no Twitter


BF: Quais são os projetos para 2012?
MR: Sumo do mapa em janeiro, para descansar mesmo, desligar celular, já que há 10 anos não tenho férias. Em fevereiro, preparo o show em homenagem à minha mãe, que acontece em março (5 datas). E depois, só Deus sabe…

BF: Quais os desafios, expectativas e felicidades que acompanham esse novo projeto?
MR: A principal característica desse projeto é a liberdade com a qual me permiti flertar durante esse ano e meio, já que era um show sem nome, sem disco, sem DVD. A liberdade de subir num palco sem as amarras de um projeto foi incrível. E isso foi também justamente o maior desafio: eu sabia que as pessoas estavam na plateia sem ter a menor ideia do que esperar, e isso, de certa forma, aumenta a sensação de responsabilidade para com aquelas pessoas, uma vez que elas embarcam, de livre e espontânea vontade, numa aventura musical. A alegria veio, portanto, em perceber a confiança que o público deposita em mim ao se propor assistir a um show meu.

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