terça-feira, 24 de maio de 2011

Impressões: Maria Rita, na Recra (13/05)

























Na última sexta-feira (13/05), a cantora Maria Rita se apresentou em Ribeirão Preto, na Recra. Chegamos na Recra às 20h e ouvimos lá de fora a passagem de som. A abertura do show foi feita pelo Quinteto em Branco e Preto, grupo de samba que já dividiu o palco com grandes nomes como Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, entre outros, inclusive com a própria Maria Rita.


Muitos ali não sabiam que esse era um show beneficente e, se sabiam, não deram a mínima importância pra isso. Maria Rita é madrinha da ONG Síndrome do Amor, que é um grupo de apoio às famílias de crianças com síndromes genéticas severas. A ONG oferece acompanhamento psicológico, jurídico, acolhimento, capacitação de cuidadores, entre outras atividades. Parte da verba arrecadada com os ingressos foi destinada à ONG. Dez minutos antes do show começar, uma das representantes da ONG tentou fazer uma agradecimento à cantora e ao público presente. Foi em vão. Em meio a muitas vaias, o constrangimento superou os agradecimentos e a fala teve que ser interrompida. Não bastasse isso, o público continuou vaiando e gritando enquanto a produção fazia os últimos ajustes. O show estava marcado para a 1h da manhã e começou exatamente no horário, portanto não havia motivos para as vaias.


Maria Rita subiu ao palco muito concentrada e um pouco tensa – talvez pela “euforia” do público que vaiava no salão. Mas bastou a primeira música para a noite começar a brilhar. A cantora apresentou um show diferente, com músicas de todos os seus discos, e interpretou canções como Santana e Nem Um Dia, de Djavan. Maria Rita também falou sobre o orgulho de fazer parte de um projeto como o da ONG Síndrome do Amor, e ficou bastante emocionada ao falar sobre as crianças. O show continuou, agora com o repertório do disco Samba Meu, com as músicas O Que É O Amor, Cria, Tá Perdoado/Maria do Socorro.


Em seguida foi a vez da cantora relembrar as canções do seus primeiros discos, como Cara Valente, Muito Pouco/Pagu, e Agora Só Falta Você, e encerrar com O Que Sobrou do Céu e Minha Alma, músicas do O Rappa. O bis ficou com as músicas Não Deixe O Samba Morrer (a capella), muito aplaudida e cantada pelo público presente, e Coração Em Desalinho, conhecida na voz de Zeca Pagodinho. Foi bonito ver a performance e a interpretação da cantora num show cujas músicas, segundo Maria Rita, foram escolhidas aleatoriamente, sem muita pretensão. São canções que marcaram bastante a sua trajetória, e que estavam fora do setlist há um bom tempo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário