De acordo com dados da organização disponibilizados às 20:00, no recinto esteve metade do público que marcou presença na sexta feira no festival para ver Ivete Sangalo, John Mayer e Shakira.
Os Trovante, grupo de João Gil e Luís Represas, tocaram no festival, a convite da organização para celebrar os 25 anos do Rock in Rio, e o que apresentaram foi uma mão cheia de canções que fizeram o público recuar aos anos 1970 e 1980.
"Parece que foi mesmo ontem que as deixámos de tocar", disse Luís Represas.
Emocionado, Luís Represas incentivou o público a cantar os clássicos do grupo, como "Memórias de um beijo", "Um caso mais" e "Perdidamente", a primeira grande ovação da noite, que deixou o vocalista literalmente de joelhos na boca do palco.
Foi a partir do poema de Florbela Espanca que a audiência se soltou e acompanhou o grupo em coro em "Saudade", "125 azul" e no hino "Timor", já no "encore".
Horas antes, o músico britânico Elton John também cumpriu o que prometeu no Palco Mundo, ao percorrer os êxitos de mais de quarenta anos de carreira, satisfazendo assim o apetite do público para entoar com ele canções como "Goodbye yellow brick road", "Daniel" e "Rocket Man", esta última com direito a longos solos e improvisação ao piano, que não esmoreceram a audiência.
Apesar de o começo ter sido menos aplaudido, altura em que Elton John recordou os álbuns da década de 1970, em "Love lies bleeding", "Philadelphia freedom" e "Levon", o concerto decorreu em crescendo, fechando com "Candle in the wind" e "Your song".
A condizer com o casaco, tatuado nas costas com um crocodilo de boca aberta, Elton John tocou ainda "Crocodile Rock" e experimentou escalar o piano, quase caindo do alto dos seus 63 anos.
No final houve fogo de artifício por cima do palco Mundo.
Este palco encerrou, numa reviravolta depois de Trovante, com a actuação electrónica de 2 Many Dj´s.
Ao longo do dia, enquanto Leona Lewis actuou em estreia no Palco Mundo, abrindo a digressão "Labyrinth", no lado oposto do Parque da Bela Vista, o recinto do palco Sunset encheu-se para ouvir Rui Veloso a agradecer "de coração" ao público os trinta anos de carreira que está a celebrar.
"É sempre com vocês desse lado, carago!", exclamou o músico, acentuando o sotaque nortenho.
Em palco, Rui Veloso contou com as presenças do rapper Boss AC, de Zé Ricardo, o músico responsável pela programação do Sunset, do brasileiro Toni Garrido, e no final, da cantora Maria Rita.
Foi com a filha de Elis Regina que Rui Veloso protagonizou os momentos mais aplaudidos do final de tarde, com o sol a pôr-se no horizonte, interpretando, por exemplo, "Jura" e "Porto Sentido".
Rui Veloso demonstrou ter estudado bem a lição, sabendo melhor as letras das canções de Maria Rita, do que o inverso.
Se Maria Rita se desculpou por se ter enganado a cantar "Jura", Rui Veloso brilhou em "Vale a pena" e "Cara valente", ambas do repertório da cantora brasileira.
O concerto terminou com o tema que deu a conhecer Rui Veloso - "Chico Fininho" - com todos os convidados em palco e com o público sintonizado no refrão em falsete.
Nesse momento, na tenda electrónica começava a actuação de Jamie Smith, músico dos The XX, que se apresentou em versão DJ set (assinando Jamie XX), poucos dias antes do grupo se estrear ao vivo em Portugal.
O segundo dia do Rock in Rio Lisboa 2010 contou ainda com as presenças de João Pedro Pais, Tim em parceria com Mariza, e Major Lazer - projecto dos produtores e DJ Diplo e Switch, entre outros.
O festival prossegue na quinta feira, dia 27, com os britânicos Muse como cabeças de cartaz.
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