segunda-feira, 28 de abril de 2014

Maria Rita traz Coração a Batucar para a Fundição


Publicado por Carlos Delagusta, em Abr 27, 2014 em música. 

Sete anos depois de “Samba Meu”, Maria Rita subiu ao palco da Fundição Progresso neste sábado (26) para a estréia da turnê do disco de samba “Coração a Batucar”, antes de seguir viagem pelo Brasil. Essa é sua segunda incursão pelo samba, o mais brasileiro dos gêneros musicais, e antes mesmo de colocar o ‘bloco na rua’, ela já possuía mais de 80% do repertório do novo show. “O samba permeia minha carreira desde o início. Por isso, além das novidades de Coração a Batucar, trago canções do Samba Meu e outras desses 12 anos de estrada. Sou madrinha de bloco, desfilo em escola de samba no Rio e em São Paulo. Já avisei no Facebook que esse disco é para se acabar de dançar, sair com bolha no pé”, brinca.

No repertório, as novas músicas como “Rumo ao infinito”, de Arlindo Cruz, Marcelinho Moreira e Fred Camacho, escolhida a primeira canção de trabalho, além de “Meu Samba, sim, senhor”, “Fogo no paiol”, de Rodrigo Maranhão, “Abre o peito e chora” (Serginho Meriti) e “No meio do salão”, de Maurílio de Oliveira e Everson Pessoa, do novo samba paulista da tradição do Samba da Vela. Do baú de Almir Guineto veio a bem humorada Saco cheio (Dona Fia e Marco Antonio). Os refrãos irresistíveis de Xande de Pilares e Gilson Bernini estão presentes em Bola pra frente e, também, em Mainha me ensinou, canção que a dupla assina ao lado de Arlindo Cruz. E de Joyce Moreno recebeu uma espécie de declaração de princípios em “No mistério do samba”: “Que bom que é poder mergulhar no mistério do samba”.

Maria Rita quis reproduzir no palco o clima que norteou a produção de Coração a Batucar, que foi gravado praticamente ao vivo, em uma autêntica roda de samba e contou com uma banda de alta qualidade, liderada por Davi Moraes (guitarra), com Alberto Continentino (baixo), Rannieri de Oliveira (piano) e Wallace Santos (bateria).

Aos que perguntam se é uma volta ao samba, Maria Rita responde primeiro com os versos de “É corpo, é alma, é religião”, a faixa de Arlindo Cruz e Rogêe Arlindo Neto, que encerra o disco: “Eu não nasci no samba, mas o samba nasceu em mim”. Depois, ela completa com a sua própria história: “É uma coisa intra-uterina. Minha mãe adorava sambas e gravou muitos. Eu sempre estive aqui. Não posso estar voltando de onde nunca saí”.

(Fotos: Carlos Delagusta / FotoNews)























(Fotos: Carlos Delagusta / FotoNews)

Nenhum comentário:

Postar um comentário