segunda-feira, 9 de julho de 2012

Show em que Maria Rita homenageia Elis Regina será gravado em CD e DVD

Veja São Paulo - Blog Passagem de Som por Carol Pascoal


















A cantora em show no Parque da Juventude: músicas do repertório de Elis Regina (Foto: Leonardo Rodrigues)


Maria Rita relutou, durante anos, interpretar músicas de Elis Regina. Nesse ano, para lembrar os trinta anos da morte de sua mãe, ela fez cinco apresentações só com canções que ficaram famosas na voz da Pimentinha. Em São Paulo, o show realizado no Parque da Juventude, na Zona Norte da cidade, ocorreu sem grandes problemas, mas não chegou a emocionar.



Para Maria Rita, cantar Elis parece ser um problema enterrado (e lucrativo). As cinco apresentações se multiplicaram e devem percorrer o Brasil. Nomeada Redescobrir, a turnê volta a passar por São Paulo entre os dias 10 e 12 de agosto. Dessa vez, no palco do Credicard Hall. O espetáculo do dia 11 será registrado em CD e DVD pela nova gravadora da cantora, a Universal. Uma boa estratégia para apagar da lembrança o resultado fraco do disco Elo, lançado pela Warner.
Alguns dias antes do show no Parque da Juventude, Maria Rita falou sobre o tributo.

Quando determinou que 2012 seria o ano certo para visitar o repertório de Elis Regina?

Não sinto que fui eu quem determinou. Foi uma junção de fatores – trinta anos sem ela sendo o principal. Há anos ouço meu irmão João falar da sua vontade de preparar uma grande homenagem a ela. Sempre falamos que o ideal seria num “número redondo” de aniversário de vida. Nosso intuito sempre foi celebrar a vida dela e não focar na sua partida. No entanto, uma coisa levou à outra e a oportunidade pintou neste ano. Além disso – e principalmente – o fato de eu ter completado 10 anos de estrada. Como venho dizendo, sinto que o público “amadureceu”, percebendo e aceitando as semelhanças assim como as diferenças entre mãe e filha.

Você se sente segura?

Medo e insegurança eu sinto sempre que me preparo para entrar no palco ou no estúdio, na entrevista ou no programa de televisão. Além da paixão pelo o que faço, além da necessidade de cantar para poder me entender melhor, é essa busca pela (minha) excelência que me empurra – e isso gera a tal insegurança. Mas sempre a uso a meu favor. Me mostra que estou viva, que estou buscando, que estou entregue, que não me acomodei. Eu não me cobro mais por ser o repertório de minha mãe, mas não vou ser prepotente e negar que isso não mexa comigo.

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