terça-feira, 18 de outubro de 2011

Maria Rita: “O samba é uma grande paixão minha”




A cantora diz, em resposta aos leitores de ÉPOCA, que pensa em fazer um novo trabalho dedicado ao ritmo. Ela afirma que seu objetivo, ao gravar uma canção, é tocar a alma do público.



Quem é



Maria Rita Camargo Mariano, 34 anos, está lançando seu quarto CD, Elo. É filha da cantora Elis Regina (1945-1982) e do pianista César Camargo Mariano. Mãe de Antônio, de 7 anos.



O que fez


Lançou seu primeiro trabalho em 2003. O álbum e a cantora foram premiados em três categorias do Grammy Latino, entre elas a de revelação do ano. Seu segundo trabalho foi produzido pelo cantor Lenine, em 2005. Nos últimos três anos, apresentou-se com a turnê do CD Samba Meu em diversas cidades do Brasil e do mundo.



O que faz


Está em turnê do CD Elo, na qual canta, além de canções inéditas, músicas como "Só de você"(Rita Lee), "Menino do Rio" (Caetano Veloso) e a "História de Lily Braun" (Chico Buarque e Edu Lobo). O show passa, no mês de outubro, por São Paulo (Projeto Sons da Nova, dia 19), Campo Grande (21) e Dourados (22).






Você esteve em contato com os autores ou com algum intérprete das músicas do Elo? A opinião deles influencia no modo como você grava as canções?

Nikole Lima, Campinas-SP
Maria Rita - Não. Quando eu entro em estúdio, eu fico muito mais reclusa do que normalmente sou. Fico bastante concentrada, focada no processo todo e também nas minhas sensações e intuições.


Como você escolhe seu repertório? O que uma canção precisa ter para que você decida gravá-la ou cantá-la em um show?

Paulo André Pelegrino – São Paulo/SP
Maria Rita - A canção precisa me tocar de alguma maneira. Seja a melodia, seja a letra, seja uma sensação, seja uma imagem. O objetivo é tocar a alma, e eu só posso fazer isso se eu estiver realmente envolvida com a canção.


Há alguma relação profissional (diga-se artística, do ponto de vista da concepção, arranjos, ideias) com o teu irmão, João Marcello, a quem dedica este novo trabalho?

Fredson Carneiro – Salvador/BA
Maria Rita - Não. O João Marcello respeita imensamente o meu processo artístico, sabe que tenho esse foco. A minha relação profissional com ele é intensa fora do estúdio, pensando decisões do dia a dia.


Você tem a intenção de lançar um segundo volume do CD Samba Meu?

Graziela Roberta Costa - Petrópolis - RJ
Maria Rita - Um Samba Meu - Vol II jamais gravaria. Parece que banalizaria o Samba Meu. Faria, sim, um novo disco de samba, afinal, sabe-se bem, é uma grande paixão minha.


Você já cantou ao lado de nomes como Gilberto Gil, Gal Costa, Pablo Milanés, Milton Nascimento, Dona Ivone Lara. Algum desses encontros a marcou mais? Com quem gostaria de fazer um dueto?

Amanda Costa Pereira - Natal/RN
Maria Rita - Todos são absurdamente emocionantes, cada um com seu momento, sua história. Seria como escolher um filho preferido! Porém, confesso que me surpreendi com Pablo Milanés, com a força dele, e com o grau de emoção que eu senti. Eu tremia horrores quando desci do palco. E senti que podia ir pro céu depois de ter cantado com Mercedes Sosa.


Gostaria de saber qual é a sua opinião e posição quanto aos sites, blogs, Twitter e afins que a galera cria em homenagem a você? Você os acompanha? Como é para você saber que uma pessoa se dedica (muitas vezes sem poder, ou às escondidas no serviço) a manter esses locais de informações on line sempre atualizados?

Janaina Maria Bueno – Socorro/SP
Maria Rita - Eu acho incrível. Mesmo. Não acompanho como eu gostaria, já que a demanda diária da pessoa física e jurídica é intensa! (risos). Essa dedicação me toca, principalmente por ser gratuita, ainda mais porque nunca tive essa relação com ídolo algum. Saber que minha arte toca o outro é a confirmação do dever cumprido.

Um comentário:

  1. Jana sua linda, obrigada por nos representar muito bem na pergunta.. TODAS GRITAM rsrs. Bjos MR sempre ;-)

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