19/01/10 - Jornal Diário
“Esse é o disco mais pop dos meus 21 anos de carreira.” A frase é usada por Ed Motta para definir o novo disco, “Piquenique”, já nas lojas. Apesar de ter se consagrado com canções mais populares, o cantor vinha se dedicando ao jazz desde “Dwitza”, de 2002. Ele conta que se abriram portas na Europa e Japão, onde sua música não é considerada experimental.
Aos 38 anos, Eduardo Motta (seu nome de nascimento) se sente bem resolvido musicalmente. Nos outros discos, fazia música pop com uma parte do coração pensando em jazz, em trilha para cinema. Neste CD, fez o melhor misto-quente de pop, com tudo o que aprendeu nesses anos.
O lançamento traz 12 canções com música e arranjos de Motta e 11 letras assinadas por ele e Edna Lopes, com quem é casado há 18 anos. A exceção é “Nefertiti”, com texto de Rita Lee.
A música “Turma da Pilantragem” foi gravada em dueto com Maria Rita e é uma das que mais representam o clima suingado do CD. Ed Motta quis gravar com a Maria Rita pensando em uma cantora contralto. A coincidência maluca, segundo ele, é que a turma da pilantragem é um movimento musical dos anos 60, e a Maria Rita é filha do Cesar Camargo e Mariano, que tocava piano com essa turma.
Prestes a completar 22 anos de carreira, o cantor - que estourou com a música “Manuel” quando tinha apenas 16 anos e lançou tantos outros sucessos que tornaram famoso seu vozeirão privilegiado - apresenta aos fãs um som bem-humorado e dançante. Estão presentes referências de suas paixões, como o cinema e os quadrinhos, e todo o seu balanço.
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