quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Tom Capone produziu O Rappa, Skank, Maria Rita e muito mais. Hoje, faz 5 anos que ele morreu

02/09/09 - MTV

Há cinco anos, morria o produtor Tom Capone, diretor artístico da gravadora Warner (desde 1998) que já esteve envolvido em trabalhos de Gilberto Gil, Maria Rita, O Rappa, Kelly Key, Detonautas, Raimundos, Frejat e muitos outros.

Ele tinha apenas 37 anos e estava em Los Angeles para participar de um Grammy Latino, quando sofreu um acidente de motocicleta. O produtor foi indicado a cinco prêmios, incluindo álbum do ano, produtor, engenheiro de gravação (por "Maria Rita") e gravação do ano (por 'A Festa', com Maria Rita, e 'Dois Rios', com o Skank). Esse foi o maior número de indicações que um brasileiro havia recebido no evento. Apesar de não levar nenhum prêmio em 2004, dois álbuns produzidos por ele foram vencedores: "Maria Rita" e "Cosmotron" (Skank). Tom Capone também trabalhou com O Rappa, grupo para o qual produziu o trabalho "O Silêncio que Precede o Esporro".

Antes de morrer, na madrugada de 2 de setembro, ele havia ingerido álcool. Um laudo teria apontado que havia 0,13 miligramas da bebida por litro de sangue, mas nenhuma outra droga foi encontrada no organismo de Capone, de acordo com os exames toxicológicos. O acidente aconteceu após a festa da premiação, quando chocou sua Harley Davidson alugada com um automóvel, após ultrapassar o sinal vermelho. Quando morreu, Capone estava trabalhando num disco de retorno do Barão Vermelho.

Ele era dono do famoso estúdio Toca do Bandido, construído em 2002, no Rio de Janeiro, com estrutura em estilo mexicano e microfones por onde passaram vozes de grandes artistas brasileiros, incluindo Milton Nascimento e Nando Reis, além de nomes internacionais como Asian Dub Foundation, Francisco Céspedes, Julieta Venegas e Jorge Villamizar. Luiz Antônio Ferreira Gonçalves, seu nome verdadeiro, era um paranaense criado em Brasília e já tocou guitarra com Cássia Eller, nos anos 80, quando ele era guitarrista da banda Peter Perfeito. Foi para o Rio tocar com Milton Guedes e foi por lá que a carreira deslanchou, depois de um convite para abrir um estúdio.

Capone foi casado com Constança Scofield, da banda Penélope, e deixou três filhos, sendo um com ela, que tinha um mês quando ele se foi. Confira alguns artistas e álbuns que ele produziu:

Raimundos – Cesta Básica (1996); Só no Forévis (1998); MTV Ao Vivo (2000)
Wander Wildner – Baladas Sangrentas (1997); Paraquedas do Coração (2004)
Legião Urbana – Uma Outra Estação (1998)
Djangos – Raiva Contra Oba-Oba (1998)
Lenine – Na Pressão (1999); In Cité (2004)
Pavilhão 9 – Reação (2000)
Penélope – Mi Casa, Su Casa (2000)
Nando Reis – Para Quando O Arco Íris Encontrar o Pote de Ouro (2000); Infernal (2001)
Skank – Maquinarama (2000); Cosmotron (2003)
Catedral – Mais do Que Imaginei (2001)
Mano Bantu – Mano Bantu (2002)
Milton Nascimento – Pietá (2002)
Gilberto Gil – Kaya N´Gan Daya (2001)
Frejat – Amor Pra Recomeçar (2001); Sobre Nós Dois e o Resto do Mundo (2003)
Natiruts – Verbalize (2001)
Rodox – Estreito (2002); Rodox (2003)
Maria Rita – Maria Rita (2003)
O Rappa – O Silêncio Q Precede O Esporro (2003)
Bacilos – músicas do disco Sin Verguenza (2005)

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