O Baile do Simonal reafirmou a importância do cantor na história da MPB, redescoberto nove anos após sua morte.
12/08/09 - Bom Dia Brasil
Ídolo em um momento, esquecido em seguida. Essa é uma parte da história do cantor Wilson Simonal. Ontem à noite, no Rio de Janeiro, um time de grandes nomes da música fez uma homenagem a ele.
No baile do Simonal ninguém ficou parado. Os Paralamas de Sucesso vieram de mustang cor de sangue. Ed Mota e Mart’nália cantaram mais sucessos dos anos 1960 cheios de balanço. Simonal foi rei do suingue, o primeiro popstar negro do Brasil, dono de uma voz poderosa e capaz de reger multidões.
Mas os convites para apresentações desapareceram a partir de 1971. Simonal foi acusado de colaborar com a ditadura militar, em um episódio que começou com uma surra levada pelo contador dele, no antigo Dops do Rio de Janeiro, onde presos políticos eram torturados. Em um interrogatório sobre a agressão, ele teria dito que era informante da polícia. O público e a classe artística não perdoaram.
Nove anos depois da morte de Simonal, o valor artístico dele para a MPB está sendo resgatado. O show de homenagem no Rio de Janeiro reuniu no mesmo palco cerca de 30 cantores, compositores e músicos.
Rogério Flausino do Jota Quest usou uma gravata na cabeça, marca registrada do homenageado.
“Ele conseguia ser extremamente popular, tocar o coração de todo mundo dentro e fora do Brasil. Esse poder daquele menino pobre que nasceu na favela, que cresceu e dói alguém na vida através do seu talento, através da música, é uma coisa muito poderosa que a gente tem que celebrar”, afirmou Simoninha, filho de Simonal.
“A música é muito boa, ele canta de uma forma incrível. Pouca gente canta, ele interpreta de uma forma diferente, muito bom, qualidade”, conta Bi Ribeiro, do Paralamas do Sucesso.
Frejat e Maria Rita mostraram hits do repertório de Simonal. E Marcelo D2 lembrou dos tempos da pilantragem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário