quinta-feira, 20 de agosto de 2009

CD Perfil

Texto que está no encarte do CD Perfil da MR, assinado pelo pesquisador musical Rodrigo Faour:
"Com apenas três discos gravados em seis anos de carreira fonográfica, Maria Rita se tornou uma grande estrela da MPB do novo milênio. O fato de ser filha de dois monstros sagrados da nossa música, César Camargo Mariano e Elis Regina, tendo ainda o agravante de ser a única filha mulher da maior cantora que o Brasil já assistiu, enchia o público de curiosidade e, claro, de certo pé atrás. Mas, assim como os pais, ela nasceu mesmo para ser uma vencedora, jogando para escanteio qualquer dúvida acerca de seu talento - que pode ser comprovado pela sua invejável biografia artística e seu meteórico sucesso popular.

Antes mesmo de lançar seu primeiro disco, Maria Rita já havia abocanhado o prestigioso Prêmio da APCA de Revelação do Ano de 2002. Aí, pouco depois foi a vez de Milton Nascimento entrar na jogada, convidando-a a participar de seu show "Pietá", que estreou em maio de 2003. Pronto! Não se falava em outra coisa. Ela roubou a cena completamente. A música que os dois cantavam em duo, "Tristesse", de Milton e Telo Borges, era linda e não demorou para que fosse eleita pelo júri do Grammy Latino como a Melhor Canção Brasileira do Ano. Moral: em apenas um ano de carreira, portanto, já eram dois prêmios na sacola da cantora.

Em plena crise da indústria fonográfica, seu primeiro disco solo (homônimo) vendeu 1 milhão de cópias em todo o mundo. Reconhecido pelo Grammy Latino de 2004, o trabalho rendeu a Maria Rita prêmios nas categorias Revelação do Ano, Melhor Álbum de MPB e Melhor Canção em Português ("A Festa"). Nada mal para uma estreante. Seu primeiro DVD também foi muito bem por toda a parte. Bateu 150 mil cópias instantaneamente. Depois veio o segundo disco,"Segundo", novamente de teor acústico e canções em geral mais intimistas - e mais sucesso e prêmios aqui e lá fora. Em 2006, foram mais dois Grammys Latino (Melhor Álbum de MPB e Melhor Canção Brasileira, com "Caminho das Águas").

Em seguida, uma surpresa: amparada por sua ótima divisão nos compassos de samba, ela gravou "Samba Meu", dedicado exclusivamente a esse gênero. Uma ideia excelente, pois neste álbum predominava um clima alegre e contagiante, que acabou por causar uma empatia ainda maior com o público jovem. O resultado em cifras veio a galope. Foi o décimo disco mais vendido de 2008, com direito novamente a vários prêmios em seu rastro, entre eles o de Melhor Álbum de Samba no Grammy Latino de 2008.

Esta é a cantora vitoriosa que a Som Livre contempla com mais um saboroso volume da série "Perfil".

Rodrigo Faour"

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