segunda-feira, 29 de junho de 2009

PARA BAGUNÇAR

9ª Feira do Livro Livre do estigma de sua mãe, Maria Rita toca hoje em RP e diz que se sente como se não tivesse tempo a perder

27/06/09 - Gazeta de Ribeirão

Ela deixou de ser somente a filha de Elis Regina e Cesar Camargo Mariano desde quando se lançou no mundo da música, em 2003, aos 24 anos. Hoje, aos 30, se considera mais serena e menos flexível, “com uma sensação de que não tenho tempo a perder”, como afirmou. Ela é Maria Rita, que se apresenta hoje em Ribeirão Preto com um show recheado de samba.

A imagem de “diva intocável” que ganhou no início da carreira, quando as pessoas se emocionavam com as lembranças que traziam de sua mãe, já não existe mais, segundo ela. O último disco, Samba Meu, chegou para “aliviar” as comparações —e ela tem visto o que queria durante os shows: um público em pé, “cantando e dançando e fazendo bagunça”. No último show em Ribeirão, em dezembro de 2005, Maria Rita incentivou a platéia do Theatro Pedro II a se levantar e dançar.

A cantora faz parte da co-produção de todos os seus discos e é ela quem decide todos os detalhes, desde a sonoridade à escolha das músicas que serão gravadas. O primeiro disco (Maria Rita) é diferente do segundo (Segundo), que por sua vez é diferente do terceiro (Samba Meu). E ela afirma não ter medo de arriscar na versatilidade —para ela, arriscado mesmo é a falta de personalidade, os rótulos e as fórmulas.

SAMBA. “Eu flertava com o samba desde antes de gravar meu primeiro disco e tenho amigos do samba que me encorajaram a abrir meu leque sambista”, disse Maria Rita à Gazeta, por e-mail. Segundo ela, o ritmo sempre esteve presente em sua vida e tem como inspiração diversos artistas, dentre eles Cartola, Bezerra da Silva, Beth Carvalho e Mart'nália. “Quanto mais você ouve samba, percebe que é um universo variado e complexo.”

No show marcado para hoje, em que ela mesma assina a direção musical, o repertório é largamente o samba —mas a cantora promete revisitar músicas que o público sempre gosta de ouvir nos shows, como Cara Valente, Caminho das Águas e A Festa, com arranjos diferentes.

O show é gratuito e ocorrerá à partir das 21h, no Palco da Esplanada, dentro da programação da Feira Nacional do Livro.

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