sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Geração do samba

23/01/2009 - ComuniWEB

O samba conquistou a nova geração de brasilienses. Cartola, Zé Keti, Nelson Cachaça estão na boca da garotada que substitui aqueles que um dia fizeram a fama da capital do rock. Prova disso é a proliferação das rodas de samba no Plano Piloto. Algumas casas de show têm conseguido resultados surpreendentes com um público formado, principalmente, por pessoas na casa dos 20 anos. É o caso do Calaf, que abriga o projeto Esquentando os Tamborins; da AABB, que recebe o Soul Samba; do Balaio Café, que incluiu em sua programação um dia dedicado ao samba e de O Tabuleiro Bistrô, que também tem sua roda de samba aos domingos.

Para o produtor do Esquentando os Tamborins, Leonardo Goulart, não houve um resgate intencional do samba pelos brasilienses. “É, na verdade, um resgate da mídia. Há cantoras, também, como a Maria Rita, que chegaram cantando samba, o que atraiu a atenção dos mais jovens”, explica. “Outro fato que contribuiu para esse interesse foi a comemoração dos 50 anos da bossa nova”, opina. Leonardo, que ouve samba “desde criancinha”, acredita que os jovens têm se interessado por cantores como Nelson Sargento e Noel Rosa por moda. “Na minha opinião, o samba nunca morre. Só há épocas em que ele fica enfraquecido, mas depois volta, vira moda mesmo”, diz Leonardo.

Para Leonardo, a cidade está perdendo o rótulo de cidade vazia com toda essa agitação. “Nós moramos na capital, temos de ter arte da melhor qualidade”, diz. O projeto, que teve sua primeira edição em 2006, trouxe o nome e a idéia do Rio de Janeiro, onde Leonardo morou. “No Rio, esse tipo de evento é comum. São os ensaios com os blocos, as escolas de samba”, conta o produtor.

Outro projeto que tem atraído os sambistas aos domingos é o Soul Samba, que acontece no clube da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB). O Soul Samba começou em junho de 2007, e já trouxe a Brasília artistas como Ivo Meirelles e o carioca Rogê. “No início, era só samba rock e samba de raiz. Agora, também incluímos escola de samba em algumas edições”, conta Marcus Pessoa, um dos produtores do Soul Samba. Bom para o samba, melhor ainda para a garotada.

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