sexta-feira, 22 de junho de 2012

Pelo repertório: “O Bêbado e a Equilibrista”

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O especial sobre o repertório do show “Redescobrir” começa com “O Bêbado e a Equilibrista”, clássico de João Bosco e Aldir Blanc. A escolha tem motivos: neste ano, João Bosco comemora seus 40 anos de carreira. E a música é mais do que um clássico da MPB: na voz de Elis Regina, se transformou na trilha sonora da anistia. Contam que quando Elis gravou a música – no disco “Elis, Essa Mulher” (1979) – Henfil ligou para seu irmão – Herbet de Souza, que é citado na letra e estava exilado no México- para que ele a escutasse, através do telefone. Depois lhe enviou uma fita-cassete com o seguinte bilhete: “Mano velho, prepare-se! Agora nós temos um hino e quem tem um hino faz uma revolução!”

A canção começou a partir da música de João Bosco, que tinha com intenção homenagear Charles Chaplin. Sua linha melódica é inspirada em “Smile”, de Chaplin. Mas, ao ser letrada por seu Aldir Blanc, ganhou teor político.

“Freqüentávamos a redação (do Pasquim) e era comum estarmos com Henfil… E estreitei mais ainda as relações com ele em função da aproximação dele com a Elis Regina, que era uma grande intérprete das nossas canções. E isso tudo gerou “O Bêbado e a Equilibrista”. É uma canção que celebra toda essa amizade: a minha, do Aldir, da Elis e do Henfil, com o Brasil”, disse João Bosco. “A música foi cantada pela primeira vez, pela Elis, num programa em São Paulo. No dia seguinte, estava estourando em todo o Brasil e ainda nem tinha sido gravada”, já relembrou Aldir.

Elis Regina ficou conhecida por suas posturas políticas e por isso, sua interpretação foi tão marcante. Quando Betinho pode voltar do Brasil, em 1979, desembarcou no Aeroporto de Congonhas: 200 pessoas o receberam cantando “O Bêbado e a Equilibrista”.


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