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Em nosso primeiro encontro com o atual Conselho Jovem, fizemos a pergunta básica: quem gostariam de entrevistar? A resposta veio em uníssono: Maria Rita! Pouco tempo depois, anunciou-se o show da cantora para este sábado (dia 7), no Citibank Hall (meia entre R$ 40 e R$ 65). Era a deixa que buscávamos. Confira o que rolou no papo.
GABRIEL GORINI: Sempre quis ser cantora?
MARIA RITA: A música sempre esteve no meu dia a dia, mas aprendi a respeitá-la. Meu pai (o músico César Camargo Mariano) dizia que música tinha "M" maiúsculo. Para nós, ela era a comida e a casa. Não dava para eu sair cantando só por achar legal. Precisei ter certeza de que nada mais me completaria.
VINÍCIUS BARROZO: No Twitter (@MROFICIAL) você tem 300 mil seguidores. Se sente próxima dos fãs?
MARIA RITA: Já estive mais envolvida com o Twitter, mas me sentia num serviço de atendimento ao consumidor. A proximidade com os fãs acalma os ânimos. Mas me policio, porque meu foco é a arte, não a fama. Me incomoda as pessoas quererem saber do meu filho.
JÉSSICA MENDONÇA: Como encara as comparações com sua mãe, Elis Regina?
MARIA RITA: A agressividade das pessoas ao falar disso me chateia. Antes eu ouvia calada, mas hoje, com 10 anos de carreira, respondo à altura. Como assim vai me chamar de "imitadora oficial da Elis Regina"? Não imito ninguém, mas, se fosse o caso, só eu poderia imitá-la.
JÉSSICA MENDONÇA: Você foi morar nos EUA aos 16 anos para fugir disso?
MARIA RITA: Meu pai quis explorar possibilidades profissionais, e eu aproveitei para me compreender no mundo sem a sombra da mamãe. Ser filha da Elis Regina tem seu lado negativo. Na época, não sabia afirmar se alguém era meu amigo ou amigo da filha dela.
O GLOBO: O projeto Redescobrindo Elis, programado para 2012, terá cinco shows seus cantando o repertório dela...
MARIA RITA: Não é certo que vai rolar. Eu e meu irmão João Marcelo temos há muito tempo a vontade de fazer uma homenagem, pois temos a dívida de perpetuar o nome dela. Mas não sei se meu coração aguenta!
ROBERTA THOMAZ: Como foi a Maria Rita adolescente?
MARIA RITA: CDF e insegura. Era gordinha, tinha cabelo feio e usava óculos enormes. Estudava muito e saía pouco.
JÉSSICA LOPES: Você fez seu primeiro ensaio sensual para a revista "Alfa" de março. Por que aceitou?
MARIA RITA: Eles me deram liberdade de escolher o fotógrafo, Hugo Prata. Foi um desafio. Num momento tive que pedir para esvaziarem o local. Mas o ensaio foi mais ousado do que apareceu na revista. Devem estar achando que eu sou careta!
VINÍCIUS: Como vai ser o show do Rio, no dia 7?
MARIA RITA: Vou tocar os três CDs e mais um pouco. Será a oportunidade de mostrar músicas que eu gosto de cantarolar, como "Nem um dia", do Djavan.
LAURA TARDIN: Quando você canta, é para alguém? Ou faz pela arte?
MARIA RITA: Sempre fiz só pela arte, até a turnê de "Samba meu", quando comecei a perceber a música chegando ao público. A responsabilidade pesou. As pessoas economizam dinheiro, colocam perfume, tudo para me ver cantar.
O GLOBO: Nos últimos cinco anos, muitas cantoras surgiram. O que é preciso para se manter em cena?
MARIA RITA: Dedicação e pé no chão. Tem que ter noção de que nada está garantido, por isso, em casa, não tenho troféus (são seis Grammys Latinos) à vista. Desta safra, gosto da Roberta Sá.
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