18/10/09 - pe360º
Linda, leve e solta. Pode se dizer que os três adjetivos representam bem a atual fase da cantora Maria Rita. Diferente das interpretações com forte carga dramática dos shows no início da carreira, há seis anos, e com um ar sério, ela agora parece mais à vontade em cena, com uma postura mais confiante, alto astral, como se realmente estivesse na sala de casa. E foi assim nesse clima, convidando as pessoas para “chegar que a festa vai começar agora, deixa a tristeza pra lá”, que intérprete paulista apresentou ontem à noite, pela terceira vez no Recife, o show “Samba Meu”, no projeto "Só o samba salva", no Cabanga Iate Clube.
Com um ousado vestido de lantejoula e arrastando a sandália de prata, Maria Rita se jogou, dançou, fez graça e levou à cadência do samba, as cerca de quatro mil pessoas que lotavam o espaço. Visivelmente empolgada a cantora declarou a felicidade de estar mais uma vez no Recife, “um lugar muito querido, com boas músicas, boas influências e boa comida”. No repertório de “Samba Meu” clássicos do gênero e sucessos dos seis anos de carreira. Graciosa levou o público a cantar em coro “Maria do Socorro”, “Tá perdoado”, “Encontros e despedidas”, “Cara Valente”, “O que é o amor”, “Pagu”, entre outras.
Com o clássico “Não deixe o Samba Morrer” , Maria Rita encerrou a apresentação de pouco mais de uma hora e meia de duração, com direito até a frevo. “Valores do passado” não estava programada e foi cantada de improviso, no bis, para atender o pedido de uma fã. A noite dedicada ao samba não esfriou nem com a chuva fina que apareceu sem ser convidada e ainda teve os shows dos grupos pernambucanos Samba de Luxo, Madeira Delay e Patusco, com a bateria sangue bom até o sol raiar.
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